sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sensações

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Quando estamos a sós,
quando teu corpo enlaço
e mergulho meu rosto em teus cabelos soltos,
por Deus, nem sei o que sinto, o que faço.
Há em mim a confusão de desejos revoltos
tendo os lábios aos teus longamente apertados,
misturo em nossa boca a nossa própria vida,
e ao te sentir pesar em meus braços vencida,
o mundo é um caos que gira em meus olhos cerrados.
Quando encontro em meu corpo o teu corpo macio,
os seios soltos, nus, frimindo no meu peito.
Abraço-te numa ânsia e depois que te estreito,
sou como um tronco em queda a soltar-se num rio.
Eu te quero, te quero e te desejo.
Esse amor que me dás
é uma alucinação que cega os meus sentidos.
Meus braços te enlaçando querem sempre mais,
até que nossos corpos rolem confundidos...
Não há nada no mundo,
eu junto a ti sou,
sou franco,
desprezo todos os tesouros
para poder beijar o teu pescoço,
desmanchar com as mãos os teus cabelos.
Sou teu, cobre-me de carícias que me sinto nú,
e aperta-me a teu peito que em teus braços morro.
Te quero...
Autor: Desconhecido

Mensagem Sensual:
Declaração de Amor Sensual

Gosto desse teu ar tristonho,
desse olhar de melancolia,
mesmo nos momentos de prazer e de sonho,
ou nos instantes de amor e de alegria...
Gosto dessa tua expressão de ternura
tão suave e feminina,
desse olhar de ventura
com um brilho úmido a luzir num profundo langor...
Desse teu olhar de meiguice que me cativa e domina,
tu que dás sempre a impressão de quem precisa
de proteção e amor...
Desse teu ar de menina, desse teu ar
que te faz mais mulher
ao meu olhar...
Gosto de tua voz, tranqüila, do tom manso
com que falas, como se acariciasses
até as palavras que dizes;
de tua presença, que é assim como um quieto remanso,
um pedaço de sombra onde me abrigo
quando somos felizes...
Gosto desse teu jeito calmo, sossegado,
com que te encostas em meu peito
e te deixas ficar
entre ternuras e embaraços,
como se tudo ficasse, de repente, parado,
e teu mundo pudesse ser delimitado
pelos meus braços...
Gosto de ti assim, pequenina, macia,
quando te aperto contra mim e te sinto
minha
(inteiramente nua)
e tens um ar abandonado, como quem caminha
sonâmbula, por um estranho caminho
feito de céu e de lua...
Gosto de ti
desesperadamente:
dos teus cabelos de tarde
onde mergulho o rosto,
dos teus olhos de remanso
onde me morro e descanso;
dos teus seios de Ambrósia,
brancos manjares trementes
com dois vermelhos morangos
para as minhas alegrias;
de teu ventre – uma enseada
– porto sem cais e sem mar –
branca areia à espera da onda
que em vaivém vai se espraiar;
de teus quadris, instrumento
de tantas curvas, convexo,
de tuas coxas que lembram
as brancas asas do sexo;
– do teu corpo só de alvuras
– das infinitas ternuras
de tuas mãos, que são ninhos
de aconchegos e carinhos,
mãos angorás, que parecem
que só de carícias tecem
esses desejos da gente...
Gosto de ti
desesperadamente;
gosto de ti, toda, inteira
nua, nua, bela, bela,
dos teus cabelos de tarde
aos teus pés de Cinderela,
(há dois pássaros inquietos
em teus pequeninos pés)
– gosto de ti, feiticeira,
tal como tu és...

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