sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Beijo


Guardo teu beijo, terno beijo, na memória. No outono cinza, a despedida, último adeus, como se foras sem deixar-me uma esperança de reviver o teu carinho e os lábios teus! Amargurando o teu partir, restou-me o beijo. Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram, no farfalhar, de relembrá-lo nas canções, brincando algures junto às brisas outonais! As estações se sucederam desde então! Alma constrita, olhar perdido no horizonte, dei-me ao letargo dos impulsos lascivosos! Trago a utopia de uma espera que me aturde! Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte, mas na esperança de beijar-te uma outra vez!

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